Vegetariana adere ao McDonald’s e mantém gravidez

Postado em 30/09/2013 por Adriano Garcia. Classificado como Carne e saúde

Laura e Tim Dixon, involuntariamente, faziam parte das estatísticas. Um em cada sete casais ingleses têm problemas de fertilidade. Mas, como sempre ocorre nestes casos, desistir não é uma opção.

Diagnosticada inicialmente como portadora de ovários policísticos, Laura submeteu-se a duas cirurgias laparoscópicas reparadoras, sem sucesso.

Os médicos, então, perderam as esperanças. Para eles, Laura e Tim nunca teriam filhos naturais.

Eles não desistiram. Passaram a apostar na FIV, fertilização in vitro, como uma alternativa mais provável para uma sonhada gravidez. Segundo as estatísticas inglesas, as probabilidades são bem razoáveis: entre 20 e 25% dos tratamentos com FIV resultam em uma gravidez bem sucedida.

Os dois primeiros ciclos de FIV fracassaram. O primeiro foi mal sucedido  e o segundo resultou em um aborto, depois de oito semanas.  O casal não desistiu e partiu para mais um ciclo. A gravidez aconteceu, porém os médicos tinham mais uma má notícia para dar: Laura sofria de “Síndrome de Hiperestimulação Ovariana” , um inchaço dos ovários causado pelos hormônios tomados durante os tratamentos de FIV, justamente para estimular o processo de ovulação. A síndrome aumentaria os riscos de um novo aborto ou de um parto prematuro de alto risco.

Os Dixons decidiram seguir em frente: manteriam a gravidez com visitas quinzenais ao médico e… porções diárias de carne.

“Depois de perder um bebê em um aborto espontâneo, eu nunca pensei que pudesse manter uma gravidez de trigêmeos”, disse Laura. “Mas minha fome apareceu e, apesar de nunca ter comido carne na vida, eu tive o desejo. E acabei comendo seis porções ao dia”.

A vegetariana por toda a vida passou, então, a comer seis porções diárias de carne, para aumentar a quantidade de ferro disponível no sangue, além de vitamina B12 e proteínas garantindo uma gravidez segura e saudável. Frango, bacon e linguiças fizeram parte da dieta durante os nove meses. Os desejos eram tão fortes que Laura pedia que Tim fosse ao McDonald’s no meio da noite.

Laura, Tim e os trigêmeos

Laura, Tim e os trigêmeos

A mãe de trigêmeos credita ao consumo de carne a manutenção dos níveis de proteína e o sucesso de seu parto.

“Existem muitas evidências de que as mulheres experimentam mudanças em seu paladar durante a gravidez, que, inclusive, podem mudar durante o curso da gravidez”, diz Jo Travers, nutricionista.

Laura deu à luz aos trigêmeos Max, Mason e Mia, via cesariana. As crianças têm agora 1 ano e 2 meses.

Ela voltou a ser vegetariana, mas não abandonou o McDonald’s.

Fonte: Medical Daily

 


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